«Asperamente sensível ao som de certas palavras. asperamente sensível a todas as estridências. asperamente sensivel às vibrações metálicas e às oscilações de tom, asperamente sensível à luz do sol à lua ardente do sol. asperamente sensível aos rumores do mundo». Eu sabia que havia um modo de o dizer e onde estava quem o disse. Encontrei-o, muito escondido na estante. É um daqueles livros pequenos que se somem na mutidão dos outros. Reli, aquela invulgar pontuação, aquele extraordinário modo de o dizer. Devia recortar a folha ou copiá-la para um papelinho. Trá-la-ia no bolso para mostrar a quem passasse ou afixava-a como os mendigos fazem à sua história lancinante. A cidade ficaria a saber. Não que estendesse a mão. Só para me compreenderem qualquer aspereza, devolvendo-ma.