Ainda o «JL». Numas páginas dedicadas aos escritor que a guerra colonial nos trouxe, vem, ao lado do lembrado Lobo Antunes e do esquecido Assis Pacheco, o ignorado Bação Leal, autor de um livro modesto, pobre de meios, magro de divulgação, um livro póstumo, um livro mesmo assim perseguido. Tive-o e foi dos que me ficou, numa qualquer casa, então estranha, hoje alheia. «Se me quiseres reencontrar, olha um cão nos olhos, com certeza estarei por detrás dos olhos do cão», escreveu ele, em verso desesperado. Morreu há quarenta anos, no dia um de Setembro, tinha vinte e três anos de tragédia já vivida.