Descobri-as, as outras línguas, compreensíveis numa parte, adivinháveis no resto. Não mais sairei daqui, deste mundo análogo dos dicionários, invariante das gramáticas, expansível da fonética, dúctil da morfologia. Começo com Ramon Lull, que terá nascido em 1232 e falecido em 1315 e que tem estátua em Palma de Maiorca. Vem no seu Cant de Ramon:
«(...) Vull morir en pèlag d'amor.
Per ésser gran no n'hai paor
de mal príncep ne mal pastor.
Tots jorns consir la deshonor
que fan a Dé li gran senyor
qui meten lo món en error (...)».
É uma hossana magnífica, linda de se dizer, e que termina em glória, assim e por esta forma:
«(...) Man Déus als cels e als elements,
plantes e totes res vivents
que no em facen mal ni turments.
Dó'm Déus companyons coneixen'
devots, lleials, humils, tements,
a procurar sos honraments».