14.3.07

O preciso

Conheci um homem a quem tinham prometido, num momento difícil para si, mundos e fundos de apoio. Na hora da verdade, compreendeu que estava sozinho. Inteligente, deve ter percebido a minha perplexidade ante a sua tranquilidade compreensiva quando tudo ruía à sua volta e os amigos lhe faltavam. «Sabe, quando se precisa, não nos podemos zangar muito», disse-me, mansamente, como se não ensinasse uma regra sapiente da vida. Havia só uma coisa que ele, sábio como era, não sabia: não precisava!