22.10.06

As mil e uma noites

Depois de uns dias a trabalhar dia e noite, sem tempo para ler quanto mais para escrever, consegui, nem sei como, uma sexta e um sábado para vir a Londres, aos arquivos britânicos, para acabar o meu próximo livro. Perto do hotel havia um restaurante persa. Chamava-se Sherazade, a história daquela que se amarrou ao cruel destino de ter de contar intermináveis histórias, para escapar à morte certa. De algum modo é assim também comigo. Quando cheguei aqui definhava em agonia, já sem nada para contar.