Eu vejo por aí gente que tem, todos os dias, imensas coisas que leu. Eu tanta vez nem jornais leio. Eu sinto que há por aí gente que tem, a todas as horas, carradas de coisas para dizer. E eu tão frequentemente estou vazio de pensamentos. Eu vejo por aí gente que se adorna, para vir mostrar aos da rua do pescoço para cima e dali para baixo. E nisso eu que há dias em que nem saio de casa nem arrisco o pescoço. Eu vejo que há por aí gente, muita gente, essa gente, toda a gente. Olhando para o mundo, como se batendo à porta de uma retrete, um tipo espera ouvir, numa voz alteada da multidão apinhada lá por dentro: está gente!