Passam-se os anos, interiormente séculos, quase uma vida se esvai e de súbito, num comboio que termina a sua marcha encontram-se no sorriso da indesmentível alegria de se reverem Ela mirava-o eternecida, acanhada, ele sentiu, ao surpreendê-la, o rufar da alegria no seu interior em festa. Pelos vistos há demasiado tempo que se tinham perdido. Seguiram cada um para o seu lado. Ao perdê-los de vista, carregando as minhas malas, revivi com eles a incontrolável força do gostar. A minha alma, sorriu-se melancólica à ideia, a vida real interrompida por aquele instante de sonho. Estarão hoje remoendo o seu passado perdido, talvez a dificuldade do seu presente, Naquele segundo, porém, todo o mundo parou, maravilhado para lhes dar espaço e tempo de uma vida por viver.