Eu tenho que acreditar à força na predestinação, porque encontrei hoje, num alfarrabista o livrinho que o Eugénio Lisboa escreveu sobre o seu José Régio e à tarde, na Guia, o próprio Eugénio Lisboa, a perguntar-me pelo meu Graham Greene, sobre quem eu publicara, e ele não sabia, na Mea Libra, um estudo sobre a sua biografia secreta, isso na data do seu centenário.
E porque nesse livro sobre o Régio, que se editou em 1957, ele conclui que com o poema «Sabedoria» o escritor de A Velha Casa, que eu fui ver a Vila do Conde, em dia de extraordinário acaso, «chega, coincidentemente, ao máximo desespero e à máxima serenidade», eu que me lamuriava então de não mais ter escrito nada sobre nada com afinco e com sistema, estou aqui cheio de energia e de entusiasmo. E se eu seguisse o que está escrito algures que vai ser?