14.7.05

Um fino!

O ceguinho sentara-se, acórdeão ao colo, à sombra de uma esplanada, numa pausa para uma imperial. Em torno dele chispavam, reprovadores, olhares duros dos afogueados circundantes. Habituada ao cego hirto, mão estendida e cão aos pés, no seu posto de trabalho de mendicidade profissional, a cidade não lhe perdoava este instante em que, refastelado e encervejado, ele, o pedinte, se nivelava, igualitário, a todos os demais. Ao que isto chegou!