31.1.06
Pilhas de graça!
29.1.06
Começa um vida
28.1.06
Rebelo da Silva
A pequena escala
27.1.06
O deleite e a desarrumação
26.1.06
Nós outros
25.1.06
Salve-se a geometria!
Crónica da hora que passa
23.1.06
O quem era e o porque é
22.1.06
Clientes de mão
Uma vida que começa
O único e o singular de cada amor
17.1.06
Mau parecer
Uma víscera ruim
Manuel Fernandes Laranjeira compôs em 1908 um «Diário Íntimo» onde anotou que, afinal, a alma é uma víscera ruim. Pouco antes do regicídio escreveu uma série de artigos, que Luiz Pacheco viria a editar-lhe, em trezentos modestos exemplares, na Contraponto. São notas soltas sobre o «pessimismo nacional», sobre as «quadrilhas messiânicas», sobre a «enfermidade congénita» dos portugueses, maleita que é um sintoma alarmante «de uma doença infecciosa grave», toda «de natureza parasitária». Manuel Laranjeira suicidou-se em Espinho no dia 22 de Fevereiro de 1912, com um tiro na cabeça, como era inevitável. Dele disse Miguel de Unamuno que «a vida o matou e ele deu vida à morte», como à de Portugal uma «Nação morta destinada a ser devorada pelas Nações vivas». Numa carta a Amadeo de Souza-Cardoso, Laranjeira, médico, diagnosticou a sua doença, a dos que sentem «morrer a vida» por não talhar a vida ao seu ideal.
16.1.06
Um dia
15.1.06
É só carregar no «on»!
Nos teus olhos altamente perigosas
Saudades do gasolim
A Praça de Espanha
Ler, rir e viajar
Tempus fugit
13.1.06
Alça daqui!
11.1.06
Um furo!
A caderneta escolar
9.1.06
O homem de Manhufe
8.1.06
Sendo-se justo
7.1.06
Cantam as nossas almas
A intranquila sensação
5.1.06
Uma escrita exaurida
4.1.06
Morreu
3.1.06
A cidadela sitiada
2.1.06
A definição de uma alma
Adivinha quem vem jantar?
Um tiro às escuras
A referência vem aqui, num artigo sobre a adaptação ao cinema de histórias previamente contadas em livro. Uma das graças é que «no livro as imagens são sempre melhores do que no cinema». Mas o que me ficou foi a menção a Tchekov, quando, a propósito ainda do teatro, dizia, a propósito dos tempos cénicos, que se há uma arma na primeira cena, ela tem que ser disparada na segunda. A atentar em algumas peças de teatro, o risco é serem disparadas sim, mas da plateia sobre o palco. O mesmo se diga do cinema, mas com menos sucesso.